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University of são Paulo
Literature and Literary Theory, Philosophy, Social Sciences, Arts and Humanities
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Priscila Figueiredo
FapUNIFESP (SciELO)
Resumo Qual o sentido dos infortúnios sucessivos de Macunaíma, sobretudo nos capítulos finais, quando, de posse do amuleto da sorte, nem por isso esta lhe sobrevém, mas ao contrário segue-se um processo cada vez mais acelerado de degradação entrópica? Umas das finalidades do artigo é mostrar, por um lado, o caiporismo do personagem como repetição estrutural, desenvolvido no âmbito da "morfologia da história" captada pelo livro, e, por outro, como esse azar permanente funciona como significante mítico de um permanente desamparo. Nesse sentido, o personagem é compreendido como uma síntese das experiências do vasto setor da população brasileira que Caio Prado Jr. chamou de inorgânico. Tal interpretação tem consequências para pensar a inadvertida mimese do real operada pela obra e a relação com a noção de progresso aí sugerida.
Priscila Figueiredo
FapUNIFESP (SciELO)
Este artigo procura analisar a mudança operada no último livro de Francisco Alvim, O metro nenhum, em relação às obras anteriores, sobretudo Elefante, nos quais os poemas líricos não tratam diretamente do "sistema de nossos constrangimentos sociais" (Roberto Schwarz), de que se ocupam em geral os poemas mais crítico-realistas do autor. A análise se concentra sobretudo numa composição como "A mão que escreve", em que ambas as tendências estão perfeitamente fundidas. O que favorece essa fusão é também a autoanálise do intelectual ante a pesada herança moral e social legada pela escravidão.
Priscila Figueiredo
FapUNIFESP (SciELO)